Contrariedade, essa inevitável frustração.
Por Angela Tessicini
Contrariedades fazem parte da vida. Nesses momentos, o desafio é procurar colocar o pé no chão e compreender o que realmente podemos mudar.
Sejamos francos: quem é que gosta de sair perdendo? Ninguém. O fato é que vez ou outra isso fatalmente acontece. O cargo que você tanto esperou e não veio, o relacionamento que terminou, a viagem que teve de ser desmarcada de última hora. A vida é feita de altos e baixos e, para viver em equilíbrio, é fundamental aprender a lidar com as frustrações.
Nossa tendência, porém, é evitar ao máximo as situações desfavoráveis, procurando todo tipo de subterfúgios que possam atenuar as sensações de sofrimento, dor e vazio que acompanham esse revés.
O próprio Sigmund Freud (1856-1919) já dizia que a atitude natural do ser humano é querer caminhar sempre em direção ao prazer. "Suportar a dor, a falha e a frustração, portanto, depende de um desenvolvimento emocional que nem todos os adultos chegam a conquistar", explica a psicoterapeula Miriam Altman, membro da Sociedade Brasileira de Psicanálise de São Paulo.
Se encarada como um fato real, a frustração contém elementos
importantes para o amadurecimento da Inteligência Emocional e Afetiva.
O "não" que ajuda
A vida não é um comercial de margarina, embora gostaríamos que fosse. Assim como na propaganda, achamos que nossa existência só é boa quando somos felizes e o que acontece está de acordo com nossos desejos. Essa é uma visão, porém, infantilizada da realidade. As crianças costumam idealizar o mundo e acreditar que tudo é possível, por isso, às vezes fogem das regras. Cabe aos pais, por meio de negações, mediar essa fase colocando para elas alguns limites.
Sabemos que as primeiras situações que impõem o confronto direto com as regras da vida, como ter de dormir na hora, por exemplo, são difíceis de encarar, mas são também lições importantes que ensinam a lidar com o desapontamento. Claro que não é fácil ver um filho espernear. Nessas horas, a tentação de ceder é grande. "O medo de desagradar ao filho faz que a criança se torne 'fraca' ou pouco preparada para lidar com as adversidades da vida. A exposição à frustração, em um nível suportável, fortalece a personalidade", explica Miriam Altman.
O mundo real
Se na nossa essência a felicidade só é completa quando temos tudo o que queremos, no mundo concreto esse conceito é mais realista. A verdadeira paz é alcançada quando conseguimos nos satisfazer plenamente com o que podemos ter - e não com o que gostaríamos de ter. Essa visão mais madura da vida, que faz seguir em frente apesar das adversidades, porém, muitas vezes demora a aparecer. Agimos de forma infantil diante de pequenas dificuldades, como o trânsito lento, o amigo que nos magoou ou a encomenda que veio errada. Coisas às quais, mesmo sabendo que não podemos mudar, damos o poder de nos irritar. Entretanto, conseguir superar um a um os obstáculos que aparecem no caminho nos dá a incrível sensação de poder, superação e bem-estar.
Como fazer isso? Em primeiro lugar, repensar se o prazer, de fato, é um bem a ser atingido a qualquer custo. Na cultura atual, a frustração é vista como algo prejudicial, mas essa fantasia de atenuar as sensações desagradáveis traz mais dor e frustração, "pois a pessoa que só busca o prazer acaba ficando superficial e vazia, como uma casca oca, sem as experiências de desafios que a fazem crescer", conta Miriam Altman.
Do limão, faça uma limonada
Quem aprende a lidar com as próprias limitações, encarando as dificuldades e os erros como um desafio, tira da vida uma das maiores lições que ela pode dar. Quando a frustração é decorrente de um anseio não realizado, uma coisa que queríamos tanto e não deu certo, "procurar entender a motivação que se esconde por trás desse desejo pode ajudar" aconselha a psicóloga Priscilla Perracini.
De fato, compreender por que queremos tanto aquilo a ponto de não conseguirmos abrir mão, pode ajudar a ver a questão sob outra perspectiva, muitas vezes enxergando outros caminhos para alcançar o objetivo. Por fim, lembrar que na vida é importante aceitar também os sentimentos mais difíceis. Afinal, como ensina Miriam Altman, "o sofrimento traz conteúdo, empatia e profundidade para o ser humano".
Da frustração à raiva
A ira é a maneira mais comum de expressarmos o desapontamento. Seguem algumas dicas do que fazer quando ela aparecer:
Entenda que alguns acontecimentos da vida, como morte, doenças ou velhice, são inevitáveis. Nessas horas, é importante acolher todos os sentimentos em vez de evitá-los. Emoções difíceis também fazem parte da vida e, quanto menos lutarmos contra, mais fácil será superá-las.
Compreenda o que o irrita, defina qual o sentimento que se esconde por trás desse revés. Isso ajuda a mudar de perspectiva e encontrar outra maneira de realizar seu objetivo.
Respire fundo concentrando-se apenas na respiração. Esse truque auxilia a 'desligar' a cabeça do problema por um instante para depois voltar a ele com maior lucidez (inspiração).
Fonte: Revista Vida Natural & Equilíbrio - Agosto 2010
Versículo para Meditação
Não se aflijam com nada; ao invés disso, orem a respeito de tudo; contem a Deus as necessidades de vocês, e não se esqueçam de agradecer-Lhe suas respostas. Se fizerem isto, vocês terão experiência do que é a paz de Deus, que é muito mais maravilhosa do que a mente humana pode compreender. Sua paz conservará a mente e o coração de vocês na calma e tranqüilidade, à medida que vocês confiam em Cristo Jesus. Fp 4:6
Irismar Oliveira é autora do Dicas para Mulheres, pastora, reside em Fortaleza- Ce, Esse blog foi feito com a finalidade de dar dicas para as mulheres em todas as áreas da vida. . Seja bem-vindos e Voltem sempre que desejar!. |
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